Saúde
Doença do beijo ataca adultos, adolescentes e crianças
26/01/2004
RIO DE JANEIRO - Aviso aos que gostam de beijar muito! É melhor se certificar sobre o estado de saúde e a higiene da boca que se pretende beijar. Os riscos são muitos, mas existe um particularmente preocupante que é o de contrair a mononucleose infecciosa, também conhecida como doença do beijo. Estimativas de pesquisadores internacionais indicam que pelo menos 95% das pessoas adultas já contraíram a virose em alguma época da vida. Transmitida pela saliva através do vírus Epstein-Bar e mais raramente por transfusão de sangue ou contato sexual, ela é comum em adultos jovens, adolescentes e crianças.Muitas vezes confundida com um resfriado passageiro, os sintomas da virose são dor de garganta, febre, mal estar, fadiga, aumento dos gânglios, que ficam doloridos, do baço e do fígado. Cerca de 8% das pessoas que contraem a doença podem apresentar o rash, uma espécie de irritação que deixa a pele com pontos vermelhos. "Dura cerca de cinco dias e desaparece sem deixar cicatriz", diz a dermatologista Maria Luciana Lopes.
Conforme a também pediatra, Lenir Nascimento da Silva, supervisora da creche da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, em alguns casos, mesmo após se curar, a pessoa continua capaz de infectar outras por até um ano. Ela adianta que além do exame clínico, alterações no hemograma ajudam a diagnosticar a doença. "A maioria desenvolve a forma assintomática da virose e nem fica sabendo que contraiu mononucleose". O período de incubação varia de 30 a 45 dias.
Como o vírus é transmitido pela saliva, os médicos recomendam que as pessoas tenham cuidado e evitem compartilhar objetos como copos, talheres e batons. A pedagoga Karine Veloso Dourado suspeita que foi na escola, possivelmente usando o copo de outra criança por engano ou vice-versa, que a sua filha Marcela, de 8 anos, contraiu a virose. "A pediatra mandou que ela ficasse em repouso absoluto", lembrou a pedagoga. Marcela teve inchaço no baço, dor de cabeça, fadiga e dor de garganta. O único remédio foi vitamina C, além de repouso.
De fato, não existe um medicamento específico para a doença nem vacinas para combatê-la. O que se trata, na verdade, são os sintomas. A auto-medicação não é aconselhada, pois não deve ser tratada com antibióticos. As chances de desenvolver rash na pele, por exemplo, pode aumentar entre 70% e 100% se a pessoa usar ampicilina ou penicilina. O uso de antitérmicos e analgésicos é mais comum, mas a utilização do tratamento ortomolecular é uma alternativa. "Frutas, vegetais, legumes, além das vitaminas C, E e dos minerais Zinco e Selênio, que ativam o sistema de defesa do corpo, são recomendáveis", diz a homeopata e médica ortomolecular, Diana Campos.
ABN Notícias
Redação / ABN Notícias
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